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quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Viva o Carnaval

O Carnaval é importante sim!

Carnaval é resgate histórico, é construção e afirmação de identidade, é trabalho social, é geração de trabalho e renda, é confraternização, é crescimento intelectual, é superação pessoal e coletiva e também é festa, alegria e diversão.
Os temas dos sambas apresentam histórias fascinantes. Através deles as Escolas trazem para avenida, para conhecimento popular, informações sobre mitologia, desenvolvimento regional e personagens deste mundo e de outros lugares. A partir desta contação de histórias o nome “Escola” ganha sentido, os componentes destas entidades se transformam em professores e transmitem para nós – o público (alunos), naquele pequeno trecho entre a Concentração e Dispersão, conhecimentos que desconhecemos e se utilizam de uma pedagogia que parece extraída das propostas de Piaget, Paulo Freire, Makarenko e Vygotsky, assim mesmo “tudo junto incluído”. Neste pequeno trecho-pista somos surpreendidos com vários ritmos, danças, alegorias, coreografias e frases que nos ligam, nos sintonizam as diversas temáticas, aos temas geradores, situações desencadeadoras e o bom de tudo isso é que aprendemos brincando e, melhor, sem precisar fazer prova.

O dia do desfile é o momento em que os que não desfilam, são convidados a lembrar que existe um povo que foi perseguido, desterrado, escravizado, que ainda assim não perdeu a identidade e contribuí na construção deste nosso lugar, o Brasil. O dia do desfile de Carnaval deve ser visto como o dia do orgulho Negro, é o momento que devemos lembrar dos ensinamentos de Ganga Zumba, Zumbi e de construirmos novos referenciais ideológicos.

Os integrantes das Escolas trabalham muito. Se envolvem por um ano, dedicam uma vida a causa do Caranval. Eles transformam o local de trabalho em um espaço de diálogo, formação e desenvolvimento pessoal. Os trabalhos que são executados nos barracões ou nas próprias casas emanam uma energia tão forte que acabam envolvendo toda comunidade, oferecendo especialmente aos jovens, uma opção a criminalidade e as drogas.

Claro que este trabalho todo é também movimento econômico. É preciso dinheiro para os tecidos das fantasias, para as alegorias, adereços, instrumentos... É preciso dinheiro para pagar ou sustentar toda a gente envolvida que precisam se alimentar, se deslocar... E assim o comércio e a indústria acabam produzindo, vendendo mais e gerando mais empregos.

Muita gente vê este evento como uma festa sem sentido, um encontro desorganizado – coisa desnecessária. Recomendo a estes críticos do Carnaval que participem da “festa” na Avenida Flores da Cunha e tentem ver além, além das fantasias e das danças. Deixem os preconceitos em casa, levem para avenida apenas suas almas desarmadas e a vontade de se sentir feliz.

Claiton Manfro

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