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quinta-feira, 16 de outubro de 2014



Isso

Morre lentamente quem não viaja, quem não lê, quem não ouve música, quem não encontra graça em si mesmo.

Morre lentamente quem destrói o seu amor-próprio, quem não se deixa ajudar.

Morre lentamente quem se transforma em escravo do hábito, repetindo todos os dias os mesmos trajetos, quem não muda de marca, não se arrisca a vestir uma nova cor ou não conversa com quem não conhece.

Morre lentamente quem faz da televisão o seu guru.

Morre lentamente quem evita uma paixão, quem prefere o negro sobre o branco e os pontos sobre os "is" em detrimento de um redemoinho de emoções, justamente as que resgatam o brilho dos olhos, sorrisos dos bocejos, corações aos tropeços e sentimentos.

Morre lentamente quem não vira a mesa quando esta infeliz com o seu trabalho, quem não arrisca o certo pelo incerto para ir atrás de um sonho, quem não se permite pelo menos uma vez na vida fugir dos conselhos sensatos.

Morre lentamente, quem abandona um projeto antes de iniciá-lo, não pergunta sobre um assunto que desconhece ou não responde quando lhe indagam sobre algo que sabe.

Evitemos a morte em doses suaves, recordando sempre que estar vivo exige um esforço muito maior que o simples fato de respirar.

Somente a perseverança fará com que conquistemos um estagio esplêndido de felicidade.

Pablo Neruda

domingo, 4 de maio de 2014

Pra pensar



Existe uma crise política em curso, tanto em âmbito partidário, quanto de militância social.
Os partidos políticos abandonaram ou trocaram suas ideologias e suas referências de projeto social (que norteiam o conteúdo programático), por interesses fisiológicos e pragmáticos (disputa de cargos e espaços em governos e outras estruturas).

Este cenário contribuiu para o surgimento de dezenas de partidos (hoje temos mais de 30 partidos no Brasil) e as famosas legendas de aluguel (agremiações partidárias com viés exclusivamente econômico), se tornaram uma praga em nosso país.

Tudo isso refletiu diretamente no processo eleitoral e fez com que o voto ou o ato de votar tomasse outra dimensão.

Os partidos se aproximam ou se associam pelo tempo que irão dispor na mídia, pelos espaços que terão se forem vitoriosos nas eleições e por outros motivos tão ou mais promíscuos. As nominatas partidárias (listas dos candidatos) são recheadas de anomalias. O que vemos, em geral, são candidatos sem identidade partidária, sem trajetória política, sem conhecimento intelectual e sem nada que justifique sua indicação.

Na outra ponta, surgem diversos tipos de eleitores:

O negociador consciente - aquele que sabe que seu voto (individualmente) já não vale mais nada, pois as eleições são de fato, definidas no momento em que os partidos fecham a as coligações, ou seja, o resultado eleitoral é determinado pela quantidade de partidos de cada coligação. Por isso, o negociador consciente leiloa sua cidadania – vende seu voto porque acredita que nada mudará este estado de coisas;

O negociador inconsciente ou inocente útil – aquele assistencialista e desprovido de consciência, que só pensa em tirar algum benefício da situação, ou seja, o negociador inconsciente é aquele que acha certo vender o voto, que eleição é assim mesmo e que político bom é aquele que compra o voto.

O negociador de má fé – aquele que vende seu voto para diversos candidatos, espera o processo eleitoral como uma oportunidade de aumentar sua renda;

O alienado – aquele que não se interesse nem participa do processo eleitoral e que vota em qualquer um porque acredita que a política é uma porcaria e que todos os políticos são iguais, muitas vezes recolhe modelo de cédula do chão para votar;

O consciente e/ou interessado – aquele que busca informações assiste os debates e procura conhecer a história e as propostas de cada candidato para depois definir seu voto. Este tipo de eleitor está cada vez mais raro;

O partidário – aquele que vota a partir de uma orientação partidária, que acredita no seu partido e nos candidatos que compõe a nominata da legenda. Este tipo de eleitor também está ficando escasso.

Em todos os casos pode-se perceber uma forte influência das redes sociais, mas isso é tema para outro artigo.

Do ponto de vista dos candidatos, existem dois tipos:

Os candidatos idealistas – aqueles que acreditam que o processo eleitoral é um excelente momento para conscientizar a população e faz sua campanha a partir de projetos e propostas;


Os candidatos oportunistas – aqueles que tiram proveito da fragilidade econômica de parte da população e troca votos por favores como pagamento de contas atrasadas, cestas básicas entre outras coisas. Infelizmente os oportunistas são a maioria.

quarta-feira, 19 de março de 2014

Pra aqueles que estavam reclamando que eu não fazia mais Oficina de Teatro


segunda-feira, 17 de março de 2014

quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

Mais uma da série

Leia com os olhos fechados IV

Galope

Os cascos do meu pingo marcavam a estrada como cicatrizes do meu andar.

Caminhávamos juntos, respirávamos juntos.

Havia uma sincronia que fazia do galopar sem freio, nossa única vontade. Me dei conta de 
como eram desimportantes os calendários e os relógios e decidi transferir a contagem dos dias pra quem os inventou.

O vento minuano, que cortava minha pele seca e levava ao chão as últimas folhas dos cinamomos, denunciava: era inverno!

Este pampa-cenário foi me adicionando valor e, por alguns minutos, me senti um peão de sorte: eu tinha a cumplicidade do meu pingo e a clareza de uma identidade terrunha.
Isso tudo me garantia certo status diante dos atrapalhados com sua origens.

O prazer do frio, o bueno mate Martín Fierro e a longa estrada que se transformava a cada contrapulo do trote, me levaram a dispensa - pro lugar onde se guarda as coisas. Coloquei lá todas as contradições que fazem parte da gênese pampeana e puxei pra fora, com legítima ingenuidade, os elementos mitológicos do “meu lugar”.

Não demorou muito, virei centauro, naveguei por campos e coxilhas, compus hinos e desenhei bandeiras. Também organizei colunas e marchei contra a opressão e a injustiça.

Nesta curta cavalgada fiz uma longa viagem e percorri muitos mistérios.


Depois, já no galpão, com o chimarrão na mão e bem acomodado em meu cepo, vi que na verdade havia mesmo era me percorrido.



sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

Grande artista, baita ser humano. Valeu Nico!


Hique, eu e Nico em 1991.

quarta-feira, 30 de janeiro de 2013





Tragédia de Santa Maria, também sou culpado, me prendam!
Ou
Onde vamos parar assim?

Independente da tragédia e foi uma tragédia que ocorreu em Santa Maria; independente da dor que todos estamos sentindo, especialmente os familiares das vítimas; independente da enorme ferida que certamente nunca irá cicatrizar, devemos, ou melhor, temos a obrigação de não perder o bom senso, sob pena de piorar ainda mais as coisas – este sentimento de dor, medo e inutilidade e de adicionar caos a esta desgraça.
Engana-se quem pensa que as prisões pós-tragédia vão amenizar tudo isso, ou que vão trazer alento às centenas de corações destroçados. Procurar (e achar) culpados neste momento só contribuirá para criar uma falsa impressão de agilidade. Penso que procurar culpados agora será um bom exercício de subjetividades e até poderá ajudar para manter todo mundo ocupado com coisas que até podem resultar em ações palpáveis (como as prisões), já que pensar na morte – companheira do mesmo campo subjetivo resulta nela mesmo e não nos tira da realidade.
Mas é justo procurar culpados? É justo afirmar que alguém, em sã consciência, colocaria fim a jornada de mais de 230 jovens? Ok, todos concordamos que quando se faz a soma erros e incompetências com as irresponsabilidades, o resultado será nefasto e a palavra fatalidade deve perder o sentido. Mas onde e quais foram estes erros e irresponsabilidades? Tendo a acreditar que usar de superficialidades como: uma porta que não estava no lugar, um extintor que não funcionou, o comportamento turrão de alguns seguranças, um alvará vencido e um sputnik usado indevidamente, só nos afastará das questões que realmente importam.
Aonde de fato chegaremos com isso? Será que prender alguém com base nestes eventos mudará toda essa triste história? Os jovens que se foram naquela noite voltarão para suas famílias?
Desculpem, mas não acho certo apontar culpados ou prender alguém, porque no fundo somos todos culpados, assim, também devemos ir para cadeia. Os fatos que levaram aquelas mortes estão sendo distorcidos e encobertos com extintores e portas. Se prender alguém fará todo mundo se sentir melhor, sugiro que comecem por mim. Mereço ser preso porque tenho uma filha de 21 anos e nunca disse a ela para verificar as saídas de emergência nos ambientes que ela frequenta (todos os ambientes). Mas se minha prisão não for suficiente, vamos também prender os padres, pastores e assemelhados, porque foram incompetentes em suas orientações espirituais, não souberam fazer esta meninada a acreditar que estar em casa com a família é melhor que ir para festas com amigos, aliás, vamos prender também aqueles amigos que disseram não vai na Kizz sem ser convincentes. Vamos prender também aquela polícia, que só sabe prender sem educar. Devemos prender também os bombeiros que não fizeram o trabalho preventivo. Temos que prender também os donos das emissoras de TV que há décadas vem, através de suas novelas e reality shows, deformando gerações, fazendo-nos crer que o bonito é ser fútil e que o bacana é ser esperto (enganar, mentir e ter um jeitinho para tudo). Vamos prender todos os governantes porque eles só pensam nos votos e não implantam políticas públicas baseadas na formação intelectual, na solidariedade e no repeito ao próximo. Enfim, ou nos prendemos as coisas que realmente importam, ou sejamos justos e prendemos todo mundo.
 Sou absolutamente a favor da elaboração de um novo marco legislatório para o funcionamento de casas noturnas, porém, sou contra colocarmos meia dúzia de gente na cadeia para desculpar nossos próprios erros e de ocultar a única verdade dessa história: vivemos em uma sociedade em decomposição, sofremos com o “fim dos valores humanos” e estamos todos doentes.
Nada que fizermos agora irá trazer àquela gurizada a vida, mas podemos mantê-los vivos. Para isso precisamos parar de nos enganar, mudar nossas atitudes, transformar todo este estado de coisas e construir uma sociedade baseada na generosidade e no amor.

Claiton Manfro
Janeiro/2013 

segunda-feira, 21 de janeiro de 2013


Tom Carvalho tem 18 anos. Estudou música na Secretaria da Cultura de Cachoeirinha, cidade onde vive desde a infância. Conquistou o 2º lugar no Rapsódia – Festival de Música Livre do Município. Atualmente dedica-se ao estudo de música e composição, além de ministrar aulas de teclado. Em sua produção musical Tom navega pelo jazz e o clássico.
Faço a produção do Tom, convido a todos para prestigiarem este evento, será um bonito recital de piano, além do Tom, o acordionista argentino Alejandro Brittes nos brindará com duas composições suas. IMPERDÍVEL!!


sábado, 2 de junho de 2012






Click em cima da arte


É o terceiro ano que realizamos a Cavalgada Manfro e Muradás. A cavalgada surgiu de uma conversa entre amigos que frequentam a cancha de laço ou tem cavalos hospedados na Hotelaria Muradás. Os principais idealizadores, Claiton Manfro e João Muradás, emprestaram seus sobrenomes para batizar o evento. Esta cavalgada apresenta características que dificilmente se encontra em outros eventos similares no RS, entre elas destacam-se:

  • A participação é livre e gratuita;
  • É fornecido certificado para todos participantes;
  • O DVD do evento pode ser adquirido pelos participantes;
  • Quem quiser pode participar da trilha ecológica até o topo da pedra alta, com uma vista fantástica da região;
  • O almoço campeiro (churrasco) tem preço popular, mas quem quiser pode levar ou fazer suas refeições;
  • O percurso da cavalgada apresenta uma paisagem fabulosa com áreas de campo, mato, banhado e morro;
  • A tarde é realizado treino de laço com gado e com valor baixo;
  • Os interessados podem acampar no local (basta ligar antes).
Na verdade a Cavalgada é um encontro entre amigos de diversas cidades da região metropolitana de Porto Alegre. Participe!

Serviço:
Dia: 10 de junho de 2012.
Hora: a partir das 08h da manhã.
Local: Hotelaria Muradás - Travessa Frederico Valentin de Souza, 3305. Santa Tecla, Gravataí-RS.
Participação gratuita.
Almoço: R$12,00
Cavalos para alugar: contatar com antecedência
Contatos: 51 - 84702046 - Claiton Manfro ou 51 - 96616936 - João Muradás
               ou ainda - claiton.manfro@terra.com.br


Fotos das cavalgadas anteriores













terça-feira, 3 de janeiro de 2012

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Para onde caminhamos?

Os avanços no mundo da medicina, as experiências com células tronco, tratamentos alternativos, remédios mais potentes e eficientes, procedimentos cirúrgicos milagrosos. A facilidade com que conseguimos informações sobre tudo e todos, a internet, as redes sociais, a mídia. A agilidade com que percorremos longas distâncias, a indústria aérea e naval mais sofisticada e segura. A rapidez com que nos comunicamos por telefone, e-mail, e pelas redes sociais e mídia novamente, geraram em nós, humanos, uma maior sensação de liberdade e poder. Mas é isto que buscamos?


Segundo Zygmunt Bauman, no século XX migramos de uma sociedade de produção, para uma sociedade de consumo e essa migração gerou um paradoxo e nos fragmentou. O paradoxo é que a partir das novas formas de comunicação foi possível ampliar a democracia, especialmente com a possibilidade de constituição de redes sociais, locais virtuais com milhares de indivíduos, que conversam diariamente sobre questões pessoais, mas que em geral não se comunicam no mundo real. Esta falta de comunicação “real” gerou a perda das identidades coletivas e abriu espaço para as identidades individuais se sobressaíssem. Bauman cita ainda os talk shows como exemplo desta fragmentação social: colocamos um microfone no confessionário, com isso podemos dizer coisas que não era possível dizer, pois faziam parte de nossa individualidade. O conceito de democracia, que até então conhecíamos, mudou e gerou um divórcio entre poder e política. As causas sociais, as necessidades coletivas passaram a não ter mais importância, já o consumo, a cumulação de bens e o status se potencializaram e o estado, por não conseguir se adequar e atender a esta nova formatação social, perdeu seu papel na sociedade.

Não há dúvida que a ampliação da democracia é algo positivo e que os avanços tecnológicos foram e são fundamentais para o desenvolvimento social. Quanto mais democracia, mais as sociedades totalitárias perderão espaço, basta ver o que ocorre no mundo árabe. Talvez a terceirização das funções do estado seja uma boa saída para sua inevitável ineficiência. Mas que preço se pagará por tudo isto?

Para tentar responder estas questões recorro novamente a Bauman que nos diz: 1º. As redes sociais nos criaram o dilema da benção e da maldição. A benção por termos milhares de amigos em diversas partes do mundo e podermos conversar com eles quando quisermos. A maldição porque a qualquer momento podemos ser deletados. 2º. O que de fato queremos é resolver a equação entre segurança e liberdade. Que passaremos a vida procurando a solução para esta equação e nunca a encontraremos. 3º. Não podemos esquecer que para atingir a felicidade dependemos do destino – coisas que acontecem sem nossa interferência e do nosso caráter – que podemos mudar e melhorar a cada dia.

Depois das divagações acima, concluo com uma pequena reflexão: assim como nenhum ser humano é igual ao outro, também o mundo é único para cada um de nós e para atingirmos a felicidade devemos construir laços humanos verdadeiros, respeitar as demais visões sobre nosso - mesmo mundo, e realizarmos as transformações de nosso caráter baseado na ética e na solidariedade.

Claiton Manfro

terça-feira, 11 de outubro de 2011

Show do Vitor Ramil foi fantástico!! Mas ainda tem até o dia 16 de outubro. Nos vemos lá!

Nesta Sopa sobre ficou comprovado: Platão combina com rock, tradicionalismo e música sertaneja!