ACESSE AS PÁGINAS ABAIXO

CLICANDO AQUI, VOCÊ ACESSARÁ MEUS TEXTOS (NOVOS E ANTIGOS) E OUTRAS COISAS QUE GOSTO

terça-feira, 30 de agosto de 2011

Artigo escrito quando a gripe A estava no início

Leia com os olhos abertos I

Ensaio sobre a cegueira e a gripe A

O escritor português José Saramago, publicou em 1995 o livro “Ensaio sobre a cegueira”, que no ano passado ganhou uma versão cinematográfica, com direção de Fernando Meirelles, aliás, bem ruim, mas com algumas atuações boas, como Mark Ruffaloo, que fez o papel do médico e Gael Garcia que fez o rei da camarata 3.
O livro conta a história de uma epidemia de cegueira que toma conta de uma cidade, aos poucos toda população (com exceção da esposa de um médico), vai perdendo a visão, só conseguem ver uma substância branca-leitosa, nada mais.
Essa situação impõe as pessoas afetadas, uma nova perspectiva de mundo, tanto no aspecto dos valores pessoais e coletivos, quanto da própria organização social. No livro, todos precisam reaprender a conviver em grupo, a dividir, a ajudar o próximo e a receber ajuda. Os bens materiais, produzidos pela sociedade de consumo, são vistos como coisas inúteis...

Quando tive acesso ao conteúdo do livro, no início do ano 2000, fiquei assustado com a possibilidade de aquela história invadir nossa realidade. Será possível uma coisa dessas? Será que poderíamos ser atingidos por coisa assim? E, se fossemos, teríamos tempo para refletir sobre valores sociais, relações afetivas e natureza humana, como propõe o livro, ou nos prenderíamos em questões mais práticas, como remédios, vacinas e atendimentos hospitalares?  

Fui atrás dos dicionários (Aurélio e Wikipédia) pra buscar mais informações. Lá, descobri que uma epidemia, termo que tem origem no grego clássico: epi (sobre) + demos (povo), se caracteriza pela incidência, em curto período de tempo, de grande número de casos de uma doença e, uma pandemia, é uma epidemia de doença infecciosa que se espalha entre a população localizada em uma grande região geográfica como, por exemplo, um continente, ou mesmo o planeta.

A gripe A, que assola o mundo, virou pandemia. Temos casos de pessoas-vizinhos contaminados , de escolas fechadas e de óbitos em conseguência da gripe. Os governos correm em diversas direções e passam informações contraditórias sobre a pandemia, uma hora é arriscado sair de casa, porque a coisa é grave, outra hora dizem que não é nada sério e pedem para ficarmos calmos e, a população, desnorteada, não sabe como reagir. Mais ou memos como acontece no livro do Saramago.

Desejo que esta gripe seja uma coisa passageira e que não passe de onde chegou. Estou rezando pra que ninguém mais seja contaminado ou morra por conseguência desse vírus. Torço pra que essa história não ultrapasse o grau de susto. Que a ficção, fique na ficção e que empreste pra realidade apenas o final do livro-filme, onde todos, sem mais, nem menos, voltam a enxergar normalmente. Tomara, mais tomara mesmo, que a gripe A, cure nossas cegueiras e nos transforme em seres humanos melhores.

Dica
Leia o livro Saramago ou assista o filme do Meirelles.














Policiais vestindo máscaras cirúrgicas feitas pela
Cruz Vermelha em Seattle, durante a pandemia de 1918.
Fonte Wikipédia.

Claiton Manfro

Nenhum comentário:

Postar um comentário