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domingo, 4 de maio de 2014

Pra pensar



Existe uma crise política em curso, tanto em âmbito partidário, quanto de militância social.
Os partidos políticos abandonaram ou trocaram suas ideologias e suas referências de projeto social (que norteiam o conteúdo programático), por interesses fisiológicos e pragmáticos (disputa de cargos e espaços em governos e outras estruturas).

Este cenário contribuiu para o surgimento de dezenas de partidos (hoje temos mais de 30 partidos no Brasil) e as famosas legendas de aluguel (agremiações partidárias com viés exclusivamente econômico), se tornaram uma praga em nosso país.

Tudo isso refletiu diretamente no processo eleitoral e fez com que o voto ou o ato de votar tomasse outra dimensão.

Os partidos se aproximam ou se associam pelo tempo que irão dispor na mídia, pelos espaços que terão se forem vitoriosos nas eleições e por outros motivos tão ou mais promíscuos. As nominatas partidárias (listas dos candidatos) são recheadas de anomalias. O que vemos, em geral, são candidatos sem identidade partidária, sem trajetória política, sem conhecimento intelectual e sem nada que justifique sua indicação.

Na outra ponta, surgem diversos tipos de eleitores:

O negociador consciente - aquele que sabe que seu voto (individualmente) já não vale mais nada, pois as eleições são de fato, definidas no momento em que os partidos fecham a as coligações, ou seja, o resultado eleitoral é determinado pela quantidade de partidos de cada coligação. Por isso, o negociador consciente leiloa sua cidadania – vende seu voto porque acredita que nada mudará este estado de coisas;

O negociador inconsciente ou inocente útil – aquele assistencialista e desprovido de consciência, que só pensa em tirar algum benefício da situação, ou seja, o negociador inconsciente é aquele que acha certo vender o voto, que eleição é assim mesmo e que político bom é aquele que compra o voto.

O negociador de má fé – aquele que vende seu voto para diversos candidatos, espera o processo eleitoral como uma oportunidade de aumentar sua renda;

O alienado – aquele que não se interesse nem participa do processo eleitoral e que vota em qualquer um porque acredita que a política é uma porcaria e que todos os políticos são iguais, muitas vezes recolhe modelo de cédula do chão para votar;

O consciente e/ou interessado – aquele que busca informações assiste os debates e procura conhecer a história e as propostas de cada candidato para depois definir seu voto. Este tipo de eleitor está cada vez mais raro;

O partidário – aquele que vota a partir de uma orientação partidária, que acredita no seu partido e nos candidatos que compõe a nominata da legenda. Este tipo de eleitor também está ficando escasso.

Em todos os casos pode-se perceber uma forte influência das redes sociais, mas isso é tema para outro artigo.

Do ponto de vista dos candidatos, existem dois tipos:

Os candidatos idealistas – aqueles que acreditam que o processo eleitoral é um excelente momento para conscientizar a população e faz sua campanha a partir de projetos e propostas;


Os candidatos oportunistas – aqueles que tiram proveito da fragilidade econômica de parte da população e troca votos por favores como pagamento de contas atrasadas, cestas básicas entre outras coisas. Infelizmente os oportunistas são a maioria.

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