Publicado em um jornal em 2009
A lógica nos diz que existem, basicamente, dois tipos de crítica: aquela que constrói e aquela que destrói.
A crítica que destrói pode ser feita por dois tipos de pessoas: os mal intencionados e os desinformados.
O crítico desinformado (um tipo de inocente útil) age por influência de outros (mal intencionados), que passam informações distorcidas e mentirosas sobre uma pessoa, uma atitude, uma ação ou outras coisas do gênero. Os maldosos se utilizam de pessoas influentes para passarem suas opiniões e para criarem situações negativas sobre diversos cenários. Os críticos desinformados emitem opiniões sem o menor critério e compromisso. Não buscam se informar se aquilo que ouviu e irá reproduzir é realmente verdade e acaba, com isso, desrespeitando todos e tudo. Escreve e diz coisas que ouviu dos outros, mas afirma ser sua “opinião pessoal”. Estes críticos prestam um desserviço à sociedade, pois a emissão destas opiniões distorcidas causa, no mínimo, desconfiança, mal estar e desmotivação.
Já o crítico mal intencionado é pior ainda, atira para todos os lados. Nada e ninguém têm valor, todos são incompetentes e tudo que os outros fazem é ruim. São pessoas frustradas e invejosas que não conseguem ver qualidade e/ou coisas positivas naquilo que não é realizado por ele. Estes críticos são mesquinhos, gente pequena e digna de pena. As críticas que eles fazem (em geral sobre todos os assuntos, pois ao contrário de nós, humildes humanos, eles entendem de tudo) não ajudam em nada e apresentam um alto grau de negatividade. E o engraçado é que quando eles fazem suas “iluminadas” observações é como se estivem tendo um orgasmo, ainda mais quando tem um puxa-saco ao lado (eles sempre estão cercados por amadrinhadores de baixaria) reforçando sua “sabedoria e grandeza”. Estes críticos são seres que nunca construíram nada na vida, mas que aparecem como grandes construtores, facilitadores e colaboradores, como se em tudo tivesse a mão-opinião deles. Em geral ficam famosos em cima de suas críticas e das idéias dos outros, coisa que devia ser considerado ato criminoso.
Mas graças a Deus existe a crítica construtiva, que ajuda a refletir e a melhorar tudo. É mais raro, mas ainda é possível encontrar pessoas que realmente pretendem contribuir com suas opiniões e observações. Estas pessoas, em geral, antes de dar publicidade a suas idéias buscam seus (supostos alvos) para conversar, se informar e saber o que realmente aconteceu, ou seja, suas opiniões se apóiam na ética e na verdade.
Defendo que cada um fale sobre qualquer coisa ou qualquer um, com total liberdade e autonomia, mas defendo, sobretudo (talvez de forma ingênua), que essa fala seja honesta e fraterna.
Infelizmente ainda temos insuficiência de percepção ou mecanismos que nos ajudem a diferenciar e nos proteger dos destruidores históricos, dos eternos críticos de plantão e dos sabichões amigos. Sugiro que na falta destes escudos protetores, prestemos atenção nos seguintes sinais (identificadores destes falcatruas), fiquemos atentos as:
• Pessoas que opinam sobre todas as coisas - assuntos,
• Pessoas que nunca escutam ninguém, ou que fingem escutar,
• Pessoas que não conseguem não criticar, mesmo que seja sobre um pequeno detalhe, elas precisam falar,
• Pessoas que precisam expressar sua opinião, sem considerar o local e as pessoas – aqueles receptores das suas críticas,
• Pessoas que não conseguem parar de falar,
• Pessoas que, em qualquer ocasião, precisam ser o centro das atenções,
• Pessoas, super bem informadas, que mesmo não estando em todos os lugares, sabem tudo que ocorreu em todos os lugares, e tem opinião sobre assuntos discutidos em todos os lugares,
• Pessoas que não fazem auto-crítica, porque tudo que fazem é perfeito,
• Pessoas que vivem rodeadas de seres iluminados (os amigos infalíveis),
• Pessoas que nunca criticam seus amigos, os infalíveis aí de cima,
• Pessoas que não aceitam críticas,
• Pessoas que elogiam e criticam ao mesmo tempo, depende de onde e com quem estão,
Dica
Fique longe de pessoas com energia negativa e construa ao menos, uma amizade verdadeira.
Claiton Manfro
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